Nova ação “Vulcões de Verão” no ilhéu de Vila Franca

Nova ação “Vulcões de Verão” no ilhéu de Vila Franca

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Na manhã do próximo dia 4 de setembro, segunda-feira, o Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores (OVGA) irá realizar uma nova ação geoturística, gratuita, de volcanowatching, no Ilhéu de Vila Franca do Campo, uma das mais emblemáticas geopaisagens dos Açores.
Inserida no Programa Nacional de Cultura Científica Ciência Viva no Verão 2017, esta atividade baseada no tema “Vulcões de Verão” procura ir ao encontro de um público de turistas e de habitantes locais que se entusiasmam cada vez mais pelo conhecimento do vulcanismo que ocorre nos Açores.

 

Este local paradigmático da ilha de São Miguel situa-se a 500 m da costa a sul de Vila Franca do Campo e, pelas suas caraterísticas excecionais, atrai todos os anos milhares de pessoas que aí encontram um local muito especial para passarem umas horas de descontração e/ou de aprendizagem. De facto, mais do que a simples componente aliada ao lazer, o Ilhéu da Vila é um vestígio de atividade vulcânica e é um ótimo modelo para a compreensão da génese de todas as ilhas. Nesta ação o Observatório irá dar maior enfase à tectónica do ilhéu através da observação de falhas geológicas perfeitamente observáveis naquela paisagem.
Por este meio, o OVGA convida o público em geral a estar presente tendo assim a oportunidade de melhor conhecer esta área classificada como Reserva Natural desde 1983. Os participantes terão a oportunidade de aprender sobre as caraterísticas geológicas do ilhéu, assim como sobre a biodiversidade existente no mesmo, enriquecendo a sua estadia naquele que é considerado um dos ex-líbris dos Açores.
O ilhéu de Vila Franca surgiu do mar cerca do ano 850 A.D. e tomou aspeto paisagístico idêntico ao de Capelinhos em 1957. Nos dias de ventos do quadrante Sul, as cinzas negras denominadas sideromelano foram empurradas para a zona onde se implantou Vila Franca do Campo. Desse modo, a pouco e pouco, instalou-se um enorme istmo de areias que se iniciava cerca da praia do Degredo e se desenvolvia até à costa da Ribeira das Tainhas. Essa enorme superfície costeira permaneceu intacta durante alguns meses, mas as invernias seguintes desmontaram-na. Presentemente existem testemunhos dessa estrutura no fundo do mar, de acordo com pesquisas do Instituto Hidrográfico.
O OVGA elucida que o ponto de encontro será no próprio ilhéu, junto ao alpendre –
Coordenadas GPS 37°42´20.52´´N | 25°26´31.22´´W.

Esta ação, que não requer inscrição prévia, decorrerá entre as 10h00 e as 12h00 e será guiada por técnicos do OVGA, em várias sessões de cerca de 20 minutos, acompanhadas de folhetos explicativos. OVGA