Pesca do goraz interditada nos mares dos Açores este mês de Março

Pesca do goraz interditada nos mares dos Açores este mês de Março

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A pesca do goraz nos mares dos Açores vai ser interditada a partir de quinta-feira e até 31 de março, para “garantir o rendimento de todo o setor ao longo de todo o ano”, anuncio o Governo Regional.

O goraz é uma das espécies capturadas nos Açores com maior valor comercial para os pescadores das diferentes ilhas.Numa nota publicada na página da Internet do Governo Regional, a Secretaria Regional do Mar e das Pescas informa que “determinou hoje o encerramento da pesca do goraz nos mares dos Açores, com efeitos a partir das 00h00 do dia 10 de março e até 31 de março próximo”.

“Conscientes do transtorno causado pelo encerramento precoce da quota atribuída ao primeiro trimestre, que se deve às condições meteorológicas excecionais que se têm verificado, considera-se essencial manter a repartição trimestral prevista”, explica ainda a secretaria.

Assim, é alocado “um maior volume das possibilidades de pesca no segundo semestre, altura em que comprovadamente o preço de primeira venda desta espécie quase que duplica”, lê-se na nota.

A tutela lembra que esta repartição das possibilidades de pesca do goraz – aplicada à denominada subzona 10 do Conselho Internacional para a Exploração do Mar (CIEM), destinada à Região Autónoma dos Açores – tem em consideração a atividade tradicional e a histórica das embarcações que têm vindo a capturar esta espécie, cumprindo “medidas de conservação dos recursos de profundidade que têm marcado as políticas regionais para a pesca no último ano”.Com esta medida, o Governo Regional (de coligação PSD/CDS-PP/PPM) “tem garantido o rendimento de toda a fileira e a manutenção das possibilidades de pesca até ao final do ano”.

Para a Secretaria Regional do Mar e das Pescas, “a necessidade de uma gestão mais próxima do contexto da atividade da pesca de cada ilha” e a valorização deste recurso justificam “a repartição da quota pelas diferentes ilhas”, tendo por base “critérios transparentes e objetivos numa atitude de corresponsabilização”.

O executivo assegura ainda que pretende vincular a cada ilha “as práticas de sustentabilidade da sua atividade e responsabilidade na gestão das suas capturas”, para garantir “uma repartição justa e equitativa da quota destinada à região”, bem como, “através da repartição trimestral, atribuir maior volume de possibilidades de pesca em meses em que o valor de primeira venda sobe significativamente”.

Autor: Lusa/AO Online8 de março de 2022